Cecília Freytas - Psicóloga SP e Terapia Online
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Ludoterapia – 2º setênio (7 aos 14 anos)

OS SETÊNIOS RUDOLF STEINER
ETAPAS DA VIDA NO DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO A PSICOLOGIA ANTROPOSÓFICA

Ludoterapia – 2º setênio (7 aos 14 anos)

Tema: “O mundo é belo”

Neste período desponta o pensar. É um novo homem que surge. A atuação é do corpo etérico.

Esta fase é caracteriza pelo autoisolamento muito intenso.

A criança se volta para si, e explora as qualidades da sua própria mente, no sentir, no querer e no pensar. Ela deve fazer isto com o poder da fantasia.

Dentro de muros altos, a criança constrói seu próprio mundo, no qual ela faz tudo o que ainda não pode fazer no mundo real.

“Esta fantasia infantil coloca a base para a criatividade na vida social e na carreira profissional posteriormente”.

Um ser que foi incapaz, por qualquer razão, de fantasiar e sonhar acordado durante esta fase, mais tarde sentirá falta de espontaneidade e versatilidade nas relações interpessoais.

A criança intelectualizada abafa a fantasia e cria pessoas que, mais tarde na vida, se tornam solitárias e inábeis para fazer contatos (sociais) reais com outras pessoas.

O fato de essa fraqueza de contato humano ter assumido proporções quase epidêmicas, não nos surpreendem em vista do nosso sistema de educação primária.

O ensino feito artisticamente, a brincadeira criativa e o contar estórias, tudo exercita a mobilidade da mente e nutre a originalidade e a espontaneidade.

Uma vez transposta a segunda dentição, pode-se observar como a curiosidade começa a surgir e será necessário satisfazê-la com tato e cautela.

A criança agora pergunta tudo: sua curiosidade pelo ambiente despertou.

Essas interrogações nascem com os dentes e é preciso que se responsa a elas.

A criança de sete anos não tem curiosidade intelectual, seu intelecto ainda não despertou e enganar-se-ia quem quisesse contar com ele. A criança tem fantasia e é com esta que se deve contar.

O desenvolvimento do conceito “leite para a alma” é importante.

Quando a criança nasce, ela recebe o leite materno, corporal, que é uma mistura de tudo o que a criança necessita.

Ela o assimila e tem uma alimentação completa.

Da mesma forma, aos sete anos, devemos fornecer-lhe, psiquicamente, os ingredientes necessários: tudo deve ser leite para a alma.

Quando a criança entra na escola, tudo o que se lhe oferece deve formar uma unidade, converter-se em leite anímico.

Ensinar a criança a ler e depois a escrever equivaleria a separar quimicamente o leite, em seus componentes e administrá-los separadamente, um após o outro a criança.

A leitura e a escrita devem ser ministradas integrando uma unidade.

Isso só é possível com uma orientação artística.

Com a maturidade escolar, as forças que atuavam na plasmação dos órgãos são liberadas para a consciência.

Daí, então, a criança está pronta para o aprendizado.

Começa agora a vida interior e as influências do meio ambiente penetram na criança, mas ela também envia influências para fora: há uma troca.

É a fase do elemento rítmico, o que predomina é o tórax com seus órgãos, coração e pulmões, que estão constantemente no movimento de contração e expansão. A criança agora precisa aprender a respirar. Necessita aprender a receber as influências externas, a metabolizá-las para tornar a se expandir.

Dois são os perigos: A expansão completa, em que a criança se entrega ao mundo adulto e não consegue o recolhimento, ou a contração, o fechamento total, a criança não consegue se expandir.

A sabedoria de saber se recolher e se expandir é a base dos nossos relacionamentos sociais.

Agora pode haver simpatia ou antipatia demais.

A vida do sentimento é sempre dual – Nessa balança a base do julgamento.

Há o desenvolvimento da fantasia criativa, onde os heróis e os ídolos tomam expressão importante.

A autoridade é agora de extrema importância.

“Se a criança encontra um adulto que ela ame a autoridade, poderá desenvolver a capacidade de veneração”.

O professor é o transmissor do mundo externo para o interior da criança. Se o professor desenvolve um sentido de religiosidade para com as plantas, animais, etc., então, a criança encontrará o caminho certo.

Religião e atividades artísticas são os elementos principais que alimentam os sentimentos.

Os hábitos se arraigam mais profundamente. Todas as frases diretoras e normais se tornam marcantes.

Nesta fase o temperamento se torna mais evidente. Os bloqueios desta fase prejudicarão, posteriormente, o relacionamento com outras pessoas.

A puberdade é um limiar, uma passagem muito dura, muito difícil. É a maturidade terrestre que significa a chegada mais profunda na terra.

A partir deste momento somos capazes de agir no mundo. Começa o sentimento de isolamento, de incompreensão.

Começa a crítica que é uma forma de se contatar com o mundo, embora não seja uma forma muito feliz. Nasce também uma nova tensão: o elemento biológico, sexual-orgânico começam as suas cobranças.

O tema central desta fase é: “O mundo é belo”.

9 – 10 anos

A passagem da criança dos 9 para os 10 é de extraordinário significado para ela. Falando em linguagem abstrata, podemos dizer que entre o 9º e o 10º ano de vida, a criança aprende a separar-se do seu ambiente e a sentir a si mesma, como “eu” percebendo que o meio ambiente é exterior, é algo que não pertence ao seu “eu”.

Aqui começa o dentro e fora.

Esta é, porém, uma formulação abstrata, a realidade é diferente. O que ocorre (note-se que falamos sempre em termos aproximados) é que a criança sente dificuldade de contato com a sua querida professora.

Frequentemente nem chega a expressar o que a está perturbando e se desvia para outra coisa.

Nessas condições cumpre saber se isto surge da intimidade da alma e encontrar a resposta adequada, atitude correta, pois que se trata de um acontecimento de importância decisiva para toda a vida futura do homem.

É necessário ter em mente que é impossível realizar um trabalho educativo com crianças dessa idade, se o professor não for uma inquestionável autoridade natural se a criança não experimentar o sentimento de que algo é verídico, porque o professor a considera verídica, que é algo é belo, porque ele, o considera belo, que algo é bom porque ele o considera bom.

O adulto deve ser para a criança o representante do bom, da verdade e do belo e, é através dele que a criança deverá se sentir atraída para a verdade, para bondade, e para a beleza.

Na idade entre 9 – 10 anos, surge no subconsciente infantil, a interrogação instintiva.

“Eu obtenho tudo do meu professor, e ele, de onde a obterá? O que existirá por trás dele? ”.

Esta é a crise da autoridade, até então, aceita pela criança.

Fonte: Cecilia Freitas

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