OS SETÊNIOS RUDOLF STEINER
ETAPAS DA VIDA NO DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO A PSICOLOGIA ANTROPOSÓFICA
Psicoterapia breve – 6º setênio (35 aos 42 anos)
Há, novamente, uma interiorização profunda e aparecem questionamentos típicos dos 14 – 21 anos, como: Quem sou? Só que ao nível espiritual.
Sente-se solidão e começa-se a vacilar emocionalmente. Quando o ser se isola do exterior, começa a ser crítico e severo com os outros. Começa o grande processo, o grande confronto, em que, a crítica dos outros deve ser invertida e começar uma autocrítica.
Agora o ser precisa ter enorme coragem, pois começa a ver os próprios limites, em todos os sentidos.
É necessário aceitar esses limites e esta aceitação é o enorme e perigoso trabalho interior do ser nesta fase.
Aceitar-se com as limitações, dá a oportunidade para, posteriormente, aceitar os outros com seus defeitos. Este é o desenvolvimento da “Alma da Consciência”.
As forças vitais diminuídas e libertas se transformam em forças assísmicas, que levam à consciência plena.
Às vezes o desgaste físico se manifesta na alma e o ser tem a nítida sensação de que vai morrer. A vida passa a ser monótona.
Há um vazio enorme.
O alcoolismo, a procura de amantes mais jovens, etc., surgem como fuga.
A pessoa nota as rugas no rosto e começa a perguntar:
Quem sou?
O que fiz até agora?
O que deveria ter feito?
E passa a sua vida em retrospectiva. São momentos de plena consciência. É o momento em que se enxerga a essência do outro e o companheirismo pode ser transformado em amor espiritual.
Não é possível programar esses momentos; eles acontecem sozinhos. A fidelidade, agora, significa que se guarda a essência do outro dentro de nós. Se somos capazes de lidarmos com isto o sentimento, então teremos forças para enfrentarmos dificuldades juntos. Caso contrário, existem rompimentos e muitos casamentos se desfazem.
Há perigo de suicídios.
Perto dos 37 anos ocorre algo parecido com o que ocorreu aos 18 anos e meio.
“Os nós astrológicos, e 37 anos é um deles, trazem momentos de conscientização súbita”.
A busca da autenticidade, a desmistificação de si próprio é a grande meta dessa fase.
O desenvolvimento humano passa a ser de dentro para fora.
A evolução é tomada nas próprias mãos e deve-se trabalhar com consciência os dons que se possui.
Nesta fase há o perigo de se cair no vazio, apegando-se as coisas materiais.
A crise dos 42 anos é uma verdadeira crise existencial, novos valores e novas metas devem aparecer. A monotonia pode levar a relacionamentos problemáticos.
Deve-se ter atingido, até aí, um certo equilíbrio psíquico, caso contrário correm-se perigos.
Percebem-se os erros da educação cometidos pelos pais e força para perdoá-los.
A autoconfiança da fase anterior se transforma em dúvidas; as pequenas irritações tomam proporções gigantescas.
É preciso haver, como socorro, uma atmosfera de interesse espiritual. É um problema da vontade, a qual de apela para ultrapassar esse limiar assombrador da existência.
Desta passagem depende toda a vida futura do ser: ou cai-se com as funções biológicas do corpo e da mente, ou ascende-se e novos valores e poderes criativos são despertados.
Isto pode permitir um segundo pique nos poderes criativos do ser, o auge dos quais está na segunda metade dos 50 anos pode durar até os 70 anos adentro.
Fonte: Cecilia Freitas